Apesar de ser um tema “simples” para muitos é um pouco raro ou difícil realizar uma auto avaliação, isto é, será que a identidade profissional do professor de História possui intrinsicamente características teórico-metodológicas de ensino?
Contudo, compreende-se que este exercício necessita de tempo e de uma pequena abstração que se obtém com o estudo das Teorias da História, para tanto precisará romper as barreiras que aparecem durante o ano letivo, como a falta de tempo para planejar suas aulas, poucos períodos semanais no caso da História, etc.
Durante o período da graduação bebemos em diversas fontes teóricas da História, desde Heródoto a Le Goff. É neste instante que acredito que nossa identidade profissional começa a ser traçada, e durante os anos de docência a ser lapidada. Acredito que sem a Teoria o profissional estará realmente flutuando em sua prática, sem os necessários pilares para as trocas de experiências e de conhecimento entre o professor e seus alunos.
O professor é um sujeito ativo, empreendedor e por que não também dizer administrador, e para contemplar tais qualidades se faz necessário que ele esteja na medida do possível “por dentro” dos assuntos que movem o mundo, o seu país, a comunidade da escola em que leciona etc. Digo isto, por que a discutida história do tempo presente está muito mais ao alcance e ao entendimento dos alunos do que os princípios democráticos da Antiguidade Clássica, ou das transformações meteóricas renascentistas e iluministas.
Cuidando para não cair nas armadilhas anacrônicas, o profissional deve sim fazer um elo entre o passado e o presente, afinal estudamos ou não, ensinamos ou não as ações transformadoras do homem. Ou seja, os atos de ensinar e de educar, perpassam a ideia do professor sujeito que detém exclusivamente o conhecimento, os alunos não são cascas vazias as quais despejamos a “matéria” e sim são sujeitos detentores de conhecimento e de vivências que os habilitam a serem formadores de opiniões, e que com certeza muitas vezes serão contrárias ao do professor e a dos seus colegas, o papel do educador será lapidá-las pedagogicamente.
Contudo, quanto à questão que enunciei nas primeiras linhas deste pequeno ensaio, digo-lhes que os professores em suas diversas áreas quando estipulam suas diretrizes para as práticas pedagógicas de alguma forma se deparam com as suas características teórico-metodológicas de ensino. Adicionando a elas as práticas e as experiências pedagógicas constituirão a sua identidade profissional, no meu caso, a do professor de História.
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